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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." Samuel Beckett
por Fernando Lopes, 19 Nov 15
Desde tempos imemoriais que faço de conselheiro sentimental. Nunca entendi o porquê, eu, com um curto historial de paixões, intensas e duradouras é certo, mas sem nada que mereça um átomo de interesse alheio.
Talvez uma das razões se prenda com o facto de amiúde me relacionar com gente mais nova. Nunca fui paternalista, talvez isso tranquilize os meus jovens amigos. Amo amar, mas também com desprendimento sou capaz de deixar que o outro voe livre, sem amarras ou convenções.
A felicidade escreve-se sempre a quatro mãos, só precisamos encontrar as duas que nos faltam para escrever a mais bela e simples forma de poesia, o amor.
Contava-me esse meu amigo, que por erros seus e má fortuna, se encontra afastado da mulher que ama. Tem ela outra relação que me parece tão sólida como ovo à beira do abismo. Manifestava alguma preocupação, até ligeira obsessão com o que seria o seu futuro e o da por ora inalcançável amada. Brindei-o com filosofia de algibeira que ouvi num filme: «Nunca corras atrás de mulheres ou autocarros, de uma maneira ou outra acabas sempre por ficar para trás».
É uma verdade crua, mas quase incontestável. A insistência não é coisa que as mulheres apreciem, têm o seu tempo e os seus mecanismos de decisão próprios, algo que nunca entenderemos. Têm também o sumo poder de dizer sim ou não, e com isso transformar a nossa existência em paraíso ou inferno. Dado esse – e outros – mistérios, é sempre melhor deixar a mulher ser o motor de arranque de uma relação. Disse.
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
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"Têm também o sumo poder de dizer sim ou não, e com isso transformar a nossa existência em paraíso ou inferno."
Acho que isso vai de parte a parte, dependendo do lado que o elo esteja mais fraco. Comigo, por vezes o poder do sim/não esteve do outro lado da barricada...
O problema aqui estará mesmo nos erros e na má fortuna que talvez tenha inviabilizado dias mais felizes. É que os erros só podem ser desculpados até certa medida. Aí, nem o poder do sim e do não nos vale!