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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." Samuel Beckett
por Fernando Lopes, 26 Fev 15
Existem modelos eléctricos, ó forreta!
A minha avó, uma santa, que se o céu existisse já teria destituído deus e era a gestora do empreendimento, gostava de me dar conselhos. Não te metas com prostitutas, não andes na droga, fuma menos, e um sentido, não gozes com os aleijadinhos.
Esta advertência deu-ma porque em criança gostava de imitar um tipo com um problema neurológico qualquer, que tremia como varas verdes, arrastava penosamente a perna direita e a quem baptizei de digue-digue. Ainda hoje gosto de arrojar a perna, colocar as mãos como um louva-a-deus e fazer essa imitação. Faço-o em privado, com medo que um calhau do politicamente correcto me caia sobre a cabeça, a esmague, e se veja, claramente visto, que cá dentro só tenho serradura.
A avó – não sei se já disse isto, mas era uma querida – ensinou-me a respeitar os aleijadinhos, e como bom menino, faço-o. Ou melhor, fazia-o. Tenho na vida um momento A.W.S. e D.W.S., trocado em miúdos, Antes de Wolfgang Schäuble e Depois de Wolfgang Schäuble. O homem tem um ar sinistro, parecendo daqueles pérfidos vilões de cinema que têm um guarda-costa de dois metros de alto por dois de largo a empurrar o aparelho em que se locomove. Como o preço dos bodyguards deve estar pela hora da morte, até para um boche maléfico e forreta, contratou a nossa ministra das finanças para lhe empurrar a cadeira.
Frau Albuquerque trabalha fiel e graciosamente só para aparecer na fotografia, é o protótipo da enfermeira que se apaixona pelo paciente. Acho que existe ali uma pérfida atracção sexual. Sabe bem que o velho Schäuble, mesmo em cadeira de rodas, já conseguiu foder 10,8 milhões de portugueses, 10,7 milhões de gregos, 4,8 milhões de irlandeses, and counting.
É por isso que, pela primeira vez na vida, pus de lado os conselhos da vovó e desejei que o levassem e à sua cadeirinha até ao cabo da Roca e lhe dessem um piedoso empurrãozinho. Respeita os aleijadinhos, o caralho!
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Eu, e não sei mais quantos milhões partilhamos dos seus sentimentos por esta besta e sua acólita! Mas devo alertá-lo que "não se deve gozar com os aleijadinhos", mas são aqueles de nascença, coitados, que lhes tocou em sorte vir a este mundo já fragilizados, que não é o caso deste energúmeno. Se calhar neste caso podemos usar o :"Cá se fazem, cá se pagam!" ;)