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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." Samuel Beckett
por Fernando Lopes, 25 Nov 15
Como já aqui contei, o pai foi durante os longos anos do fascismo, simpatizante do PCP. Chegou a distribuir o «Avante» e esteve detido quando em 1973 regressava de Londres com um livro sobre a pintura russa no Séc. XX. Não o agrediram, apenas interrogaram horas a fio sobre o seu interesse «nos russos». Como não se descaiu, sem prova que se visse, libertaram-no com um aviso para moderar o interesse na arte do país da revolução bolchevique.
Aquando do 25 de Novembro já era dissente do rumo que as coisas tinham tomado, e céptico face a uma revolução que não era apoiada pelas «massas populares», como então se dizia. Mantinha no entanto relações estreitas de amizade com militantes e simpatizantes «do partido».
Telefonou-lhe o Paulinho, velho comunista que queria parar a «contra-revolução» e propunha-se, armado de serra mecânica, ir cortar as árvores do separador central da Circunvalação, alegadamente para impedir a saída dos militares do R.I.P.
Apenas com 12 anos, o pai meteu-me no Mini e fomos a casa do Paulinho tentar demovê-lo daquela ideia louca. Juntou-se-nos um outro amigo, e à custa de muita contra argumentação e alguma força de braço conseguimos impedi-lo de prosseguir com aquela ideia peregrina.
Diga-se o que se disser, pense-se o que se pensar, constato o óbvio: os tempos do PREC eram infinitamente mais animados.
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Uma ocasião perdemos a avó numa manif bem composta como eram todas, uma velha de 70 anos acabada de chegar à metrópole: deve ter sido encontrada pela igualdade ou pela fraternidade porque apareceu para jantar :)
Quanto ao resto não há que temer: a democracia vai funcionando.