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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." Samuel Beckett
por Fernando Lopes, 15 Nov 14
É uma história feminina. Verdadeira, pura. Uma aventureira em que a vida e carácter fazem pensar noutras grandes figuras que, também elas, foram capazes de esquecer maridos e prudência. Alexandra David Néel, Karen Blixen, Dian Fossey… Partindo para viver os seus sonhos no fim da selva, savana ou Himalaias.
Esta é a história de uma amizade com um casal de elefantes adoptados e a vida rude e selvagem no sul da Índia. É também uma história verdadeira; a de Prajna Chowta, indiana nascida em África, educada na Inglaterra onde estudou, e onde um dia decidiu largar tudo para iniciar uma nova existência no coração desse país ainda preservado.
De regresso à terra dos seus antepassados, a jovem instala-se no coração da floresta de Bangalore no estado do Karnataka, na peugada de um ermita mitológico que aqui vivia há 2.500 anos, para partilhar a vida de uma tribo de camponeses e elefantes.
Podia ser apenas uma bela história, conjugando respeito pelo ambiente, estudo de animais ameaçados e defesa da condição feminina. Mas a chegada de uma criança, não prevista mas rapidamente muito desejada, Ojas, nascida ao mesmo tempo que Dharma, sua «irmã» elefante, vai colocar em questão esta existência selvagem.
«Filha de elefante» é um livro soberbo. Soberbo porque é ilustrado por Stéphanie Ledoux, desenhadora mais que talentosa, que soube captar a essência de Prajna Chowta, da sua filha, dos aldeões e elefantes que partilham o seu quotidiano numa galeria de croquis e pranchas, desenhados ou trabalhos como pinturas.
Mas igualmente porque se conta sem verniz a dureza da vida indiana, as tradições retrógradas, os danos do álcool e as interrogações de uma mãe que ganha consciência que a sua filha deverá um dia abandonar aquele lugar para lá do tempo para integrar o mundo dos homens.
Dizem que os elefantes nunca esquecem. Os leitores de «Filha de Elefante» também não esquecerão este livro.
Fonte: liberation.fr
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