Diário do Purgatório © 2012 - 2014
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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." Samuel Beckett
por Fernando Lopes, 24 Ago 14
Anda pelo mundo um novo espírito de cruzada. Nas velhas cruzadas, ao abrigo da expansão da fé, cometeram-se atrocidades infindas. É a guerra, dirão os cínicos. O objectivo último das cruzadas era a pilhagem, a submissão pela força, uma guerra santa com muitos pontos comuns com a Jihad. Os fundamentalistas islâmicos foram peões numa guerra travada, de facto, entre os EUA e a URSS. Quem tenha memória recordar-se-á que Bill Clinton apelidou os talibãs de «combatentes da liberdade». Viu, num exercício de má propaganda, Rambo lutar do lado dos afegãos bons. Os Estados Unidos, Rússia e Europa estão agora a lidar com o monstro que alimentaram durante décadas. Libertou-se, ganhou vontade própria, ambição a controlar ideológica e politicamente o mundo, ou uma parte dele. Através do petróleo, claro. Esta fronda ocidental não se destina a salvaguardar a existência de minorias, a patrocinar governos democráticos. A ISIS, essa encarnação do mal quer controlar uma parte substancial das reservas energéticas do planeta. Uma das ditaduras mais ferozes, uma sociedade medieval como a Arábia Saudita é apoiada incondicionalmente pelos Estados Unidos. Onde pára a democracia? Ao contrário do que querem fazer crer os bons espíritos ocidentais esta é uma guerra pelo controlo do petróleo, ainda e sempre o bom, velho, petróleo. Estando o ocidente salvaguardado nos seus interesses, o sangue, morte, fome, ditadura, não serão mais que inconveniências históricas. Matem os jihadistas, destruam o pouco que resta, mas não me atirem poeira para os olhos com a defesa de interesses humanitários.
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