Diário do Purgatório © 2012 - 2014
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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." Samuel Beckett
por Fernando Lopes, 27 Jun 13
Hoje, não fiz greve. Por medo, mas também por achar que é um modo de luta que deixou de fazer sentido. A greve é tolerada pelo poder, enquadrada num protesto organizado, sob a batuta dos sindicatos e seus controleiros. Não há rebelião, joga-se segundo as regras do inimigo, perde-se um dia de salário, ganha-se pouco mais que D. Quixote lutando contra moinhos de vento. Na Turquia e Brasil o povo está a lutar onde a luta deve ser travada, na rua, desafiando regras e convenções. Vivemos uma guerra social em que os algozes do poder não usam armas tradicionais, desafiam a Constituição e os mecanismos legais. Porque havemos de fazê-lo ordeiramente, como esperam?
Uma manifestação convocada pelo facebook fez cair a TSU. Acham que alguma greve conseguiria isso? Vivemos tempos em que o combate ao poder não pode ser feito pelos meios habituais. Querem-me na rua? Lá estarei, como sempre. Querem gritar? Gritarei a vosso lado. Mas não me peçam para ser comportado, previsível, ordeiro e acreditar na democracia parlamentar quando foi essa crença e respeito que nos conduziram a este beco sem saída.
Estou a imaginar os Danieis Oliveiras a alertarem para o perigo do anti-partidarismo. São uma versão moderna das nêsperas de Mário Henrique Leiria, continuarão a acreditar até serem tragados na voragem.
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
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Eu tenho estado em "modo nêspera" nos últimos tempos, por razões pessoais/familiares que me abalaram.
Se não fosse o medo individual, a força do colectivo pararia o país, e aí sim era a verdadeira "guerra" que não se limitaria a partir montras ou a incendiar carros...
Desejo-lhe umas férias regeneradoras, com muita paz e amor, ma medida do possível.
Abraço