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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." Samuel Beckett
por Fernando Lopes, 20 Dez 12
Vejo-me com sete ou oito anos. Desde a 1ª classe que a avó me tinha ensinado o caminho para a escola. Acompanhara-me meia dúzia de vezes. Quando verificou que era capaz de ir sozinho fiquei por minha conta. Subia Álvares Cabral e parava na Praça da República para admirar os "TinTins", "Falcão" e "Mundo de Aventuras" na tabacaria do Sr. Martins. Mais tarde, convencê-la-ia a dar-me os 5$oo ou 10$oo para os comprar. Nos Mártires da Liberdade pasmava perante as fabulosas bolas de berlim na pastelaria do Sr. Neves, pai do Neves da 4ª classe. À vinda para casa estava sempre um minuto ou dois na conversa com o farinheiro, que me conhecia de comprar milho para as galinhas do quintal. Os Mártires tinham imensos bueiros, e em dias de chuva adorava ficar ali, onde a água escorre, a senti-la molhar os sapatos e os pés. Porque tal acontecia com demasiada frequência, fui presenteado com umas galochas compradas na "Casa dos Plásticos". Em dia chuvoso, fiquei frustrado: aqueles botas não me permitiam sentir a água a, primeiro humedecer e depois gelar os pés. Fez-se luz. Ajoelhei-me e a água entrava pelo cano ficando dentro das botas. Tinha um aquário nos pés. Levei o ralhete da minha vida e prometi nunca mais repetir a façanha, mas ainda hoje não entendo muito bem porque é que a matriarca se zangou por levar a chuva comigo.
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