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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." Samuel Beckett
por Fernando Lopes, 29 Nov 12
Uma vez tentei o suicídio, ingerindo antidepressivos e uma dose cavalar de álcool. Uma experiência fracassada, uma vez que acordei amarrado à cama com umas correias de couro nas mãos e pés e um tubo enfiado na pila. Andei a fazer chichi a medo durante dias e a defecar algo parecido com carvão. À saída fui entrevistado por uma psiquiatra ou psicóloga entre o maternal e o “vamos lá a despachar”. Nunca mais tentei, não por medo, mas por ter sido pai. Sou dotado de sentido prático, sei que para lá do luto e da ausência, a minha mulher ficaria melhor sem mim. A filha é a única a quem, nos dias em que a minha alma se transforma numa massa informe e negra, sinto que posso fazer alguma falta. Arrasto comigo uma sempre presente sensação de fracasso, inutilidade, perda. Não pretendo comiseração ou palavras reconfortantes, apenas explicar que, para quem o desapego chega ao ponto de querer morrer, a ideia permanece. Sempre. Apenas nos habituamos a ignorar a sua presença.
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
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Sem querer dar um ar de entendido em psicologia ou algo similar, o acto de suicídio revela simultaneamente um acto de cobardia e extrema coragem! Respeito todos aqueles que o cometem com razões válidas e aceito a decisão daqueles que o fazem em desespero de causa, embora por muito graves que sejam as razões ou os propósitos a vida deve ser celebrada em prejuízo da morte!
E em jeito de brincadeira, nós por cá temos justificações de sobra para cometer homicídios e não suicídios!
Um fim de noite descansado e amanhã outro dia nascerá com a certeza de que tudo faremos para que seja melhor que o anterior, mesmo contra todas as adversidades internas ou externas...
Abreijos fraternidade cá para lá!