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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." Samuel Beckett
por Fernando Lopes, 24 Fev 12
Tem-se falado muito no desemprego jovem. Deixar à sua (falta) de sorte, jovens qualificados, com vontade e sangue na guelra é um enorme desperdício. Depois, quando surgem oportunidades de trabalho, muitas perdem-se na teia burocrática, como bem exemplifica o Miguel neste post. No entanto, socialmente, é muito mais arrasador o desemprego na meia-idade. Tenho amigos que estão a passar situações complicadas. E a falta de trabalho perto dos 50 é completamente diferente das dos jovens de 20 ou 30. Talvez mais dramática. Porque têm filhos a cargo, despesas fixas com habitação, são muitas vezes o apoio de pais idosos. Ficar desempregado aos 50 é, com raras excepções, o fim da carreira laboral. Promete-nos agora o governo um gestor de carreira. Qual carreira? A grande parte das pessoas da minha geração não completou o ensino superior, são para os centros de emprego semi-qualificados ou não qualificados. Como já tinha reflectido aqui, o objectivo último deste governo e desta política é tornar a precariedade transgeracional. Pressionar os mais velhos, uma vez que existem dezenas de jovens dispostos a trabalhar por metade do nosso salário. Não pode existir uma guerra de gerações, secreta ambição dos Relvas deste mundo. É com a união, luta comum e apoio mútuo que os mais novos e os "não tão novos" conseguirão enfrentar esse monstro que se chama desemprego. Com ou sem "gestor de carreira".
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
O Pretinho do Japão é citado, como profeta, em Ram...
Quando a sorte é maniversa nada vale ao desinfeliz...
Só agora vi a mensagem anterior - note-se que quem...
Eu gostava muito de saber se já houve alguém, que se tenha dado ao trabalho de reunir dados estatísticos sobre o seguinte:
- Quantas empresas existem a operar em Portugal, em todos os sectores económicos: empresas familiares, pme's , grandes empresas e multinacionais?
- Quantas pessoas existem em Portugal em idade activa e qual a sua formação?
- Se distribuíssemos, aleatoriamente, sem olhar às qualificações dos trabalhadores, todas as pessoas no activo empregadas e desempregadas, pelas empresas existentes, quantas pessoas ficariam sem colocação? E quantas empresas seriam necessárias criar para que todos tivessem trabalho?
Pois!!
Para mim o emprego é uma "dança das cadeiras", onde: ora agora trabalhas tu, ora agora trabalho eu, porque NUNCA dará para trabalharmos Tu + Eu.
É preciso acabarmos com a hipocrisia e metermos mãos ao "trabalho" de construirmos novos caminhos, para todos vivermos livres e em pleno gozo da dignidade da pessoa humana! Mas quem se interessa, não pode!! E quem pode...
Abraço
Ana