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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." Samuel Beckett
por Fernando Lopes, 5 Jan 16
«Cada um come daquilo que gosta». G.A.N.E. – Grupo de Anarquistas e Negócios Escuros. A frase, pichada numa parede perto de casa das tias, ficou-me na memória até hoje. A comida ganhou demasiada importância, passou a sinónimo de luxo, requinte, ou a ter conotações quase religiosas. Poucos poderão ser tão estupidamente fundamentalistas quanto os radicais da defesa dos animais. A P.E.T.A (People for Ethical Treatment of Animals), poderosíssima nos Estados Unidos, chegava a ir a marisqueiras comprar lagostas presas num aquário para posteriormente as devolver ao oceano – e os donos dos restaurantes certamente preocupadíssimos com isso.
Estive dois anos sem comer carne, em parte por ter assistido a um documentário sobre a produção industrial de animais. A forma como são criados, como se inventou uma «indústria» da carne, desagrada-me profundamente. Não obstante este facto, concedo que a «criação» de porcos e galinhas proporciona uma fonte de proteína animal barata a muito boa gente que de outra forma a ela não teria acesso. «Comenos demais e proteína animal a mais» é absolutamente verdadeiro na generalidade deste mundo ocidental.
E depois? Os poucos vegan que conheço passam o tempo a pensar no que podem ou devem comer, no que é ético e não ético. Tanta preocupação mata o simples prazer de saborear uma refeição. Uns desses tipos estão na fase seguinte do veganismo, quase nem cozinham os vegetais, tofus, seitans e demais tretas vegetarianas. Transformaram-se numa espécie de «Adventistas do Sétimo Dia» gastronómicos, sempre receosos que o pecado lhes invada o prato e o estômago. Quando a comida se transforma num substituo da ética, metafísica e filosofia, existe algo de muito disfuncional naquelas cabecinhas.
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