por Fernando Lopes, 30 Nov 11
Foram hoje publicados os dados sobre o desemprego. 12,9% é o número oficial. Todos sabemos que a realidade é muito mais negra. Vivo num meio de classe média, tenho amigos com várias formações académicas, desde a arquitectura à engenharia, das letras à saúde, dos que completaram o 12º ano aos que são professores do ensino superior.
Filho e neto de mangas de alpaca, as minhas relações pessoais e afectivas movem-se nessa imensa mole a que se convencionou chamar classe média. E todos, que até há pouco vivíamos vidas anónimas e relativamente confortáveis, começamos a sentir a crise e as medidas deste governo. Até ao osso. Há quem tenha salários em atraso, quem virá a ser roubado do subsídio de férias e Natal, profissionais liberais que, face à concorrência, têm de vender o seu trabalho mais barato. A célebre desvalorização do custo do factor trabalho. O conforto de ter uns euros de reserva no banco está, lentamente a desaparecer.
Esta proletarização de quem paga uma parte substancial dos impostos terá consequências. Sociais e económicas. Embora à superfície tudo esteja calmo, há um fervilhar de desespero que deixou os mais desprotegidos e alastrou a franjas mais amplas da sociedade. Hoje um administrador de um banco foi raptado e roubado. Sinal dos tempos. Nem os poderosos escaparão ao monstro que criaram.
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