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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." Samuel Beckett
por Fernando Lopes, 26 Mai 11
Para um leigo em economia recessão gera baixa de consumo. Consequentemente menos impostos e menos receita. O menu do FMI/FEEF/BCE não está a dar resultado na Grécia. Pelo contrário só desperta a voragem dos "mercados" por novas presas.
Se os europeus não querem uma Europa a várias velocidades têm de dialogar. Temos países em situação idêntica à nossa e nunca se viu a procura de uma solução comum. Os até agora intervencionados nunca se reuniram para debater problemas ou possíveis soluções. Nesta Europa do "salve-se quem puder", Portugal, Grécia e Irlanda ficaram presos a uma moeda comum que não podem desvalorizar.
Temos vizinhos que míopes apenas se preocupam com o seu umbigo, adiando ad eternum um inevitável caminho de unificação sócio-económica e política, que a curto prazo será necessária não só para a sobrevivência dos periféricos, mas também do eixo franco-alemão. Tardam em compreender que as desigualdades são a génese das revoltas. A mais do que previsível reestruturação da dívida grega será provavelmente o primeiro passo para o debilitado edifício europeu ruir como um baralho de cartas.
Se os líderes não souberem assumir as suas responsabilidades e se mostrarem incapazes actuar como um todo, serão as Moody's deste mundo a mandar na velha Europa. Mas isto é um cidadão simples a pensar ... Pensem comigo e participem com a vossa opinião.
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
O Pretinho do Japão é citado, como profeta, em Ram...
Quando a sorte é maniversa nada vale ao desinfeliz...
Só agora vi a mensagem anterior - note-se que quem...
O Fernando é leigo e eu sou "aprendiz de leiga"...e está tudo dito no seu post!
Há muito que se perfilava um mundo selvagem, e estamos a caminho do seu clímax. E não acreditamos que os obreiros desta catástrofe social não vislumbrassem o seu desenlace. Muito pelo contrário, foi tudo maquiavelicamente estruturado para que assim acontecesse... o Domínio dos povos através da escassez de dinheiro, de bens essenciais...
Para terminar:
"Vamos a caminho de assassinar os nossos netos: o nosso modelo de crescimento esbanja numa geração riquezas acumuladas nas entranhas da terra, há milhões de séculos. Esta política mata já todos os anos, pela fome, cinquenta milhões de seres humanos no Terceiro Mundo, que encurrala no extermínio ou na revolta. E propõe-se já, nos Estados Unidos e em França, "forças de intervenção militar"...
Sem uma transformação radical talvez não venha a haver século XXI na história dos homens. Será dentro de vinte anos."...
Dizer ao resignados sentados a olhar a torrente que rebenta e àqueles que já se deixaram arrebatar por ela para a voragem: ainda é possível existir e viver. Ainda é possível levantar um dique à vaga e inverter-lhe o curso. Com a condição de manter os olhos abertos. De nos pormos de pé. De defender cada parcela da nossa vida.
Tal é a ambição deste livro.
Foi escrito para aqueles que querem ter nas mãos o seu próprio futuro e não delegar este poder em ninguém. Escola de participação para ajudar cada um a inventar o futuro.
Os meios para nos destruirmos não faltam se continuarmos a ser incapazes de lhes atribuir finalidades novas.
Para quem não dormita à beira do precipício, a angústia transborda dos nossos écrans de televisão, das nossas rádios, dos nossos jornais, mesmo quando procuram "divertir-nos" desviando-nos a atenção."
excerto do livro - "APELO AOS VIVOS" de Roger Garaudy - editado em 1979.
Pelos vistos ficamos "resignados a olhar a torrente" que rebentava...
Abraço
Ana